Volume atingiu receita cambial de US$ 3 bilhões em arábica e conilon

Nos sete primeiros meses deste ano o Brasil atingiu na exportação um volume de 22,9 milhões de sacas de 60 kg de café, com receita cambial de US$ 3 bilhões. O montante maior é de arábica que corresponde a 78,4% ou 18 milhões de sacas. Na sequência vem conilon com 11,2% ou 2,6 milhões de sacas e solúvel com 10,3% ou 1,4 milhões de sacas.

Entre os principais destinos do café brasileiro os Estados Unidos lideram com a compra de 4,3 milhões de sacas, o equivalente a 18,6%. Em segundo vem a Alemanha (3,9 milhões de sacas); Itália (1,8 milhão de sacas); Bélgica (1,7 milhão de sacas) e Japão (1,2 milhão de sacas). Também aparecem como compradores a Federação Russa, Turquia, Espanha, México e Canadá que, juntos, somaram pouco mais de 3 milhões de sacas. Desses México e a Federação Russa foram os que registraram os maiores crescimentos no consumo do produto brasileiro, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente.

O relatório é elaborado pela Embrapa Café e também mostrou o avanço do café brasileiro pelos continentes. Na América Central as importações cresceram quase 95% e na África quase 50%. Outro dado que chama a atenção é que houve aumento bastante expressivo de 41,3% nas exportações do produto brasileiro para outros países produtores de café, portanto concorrentes.
Conforme os dados do Cecafé também merecem destaque as exportações dos cafés diferenciados nesse mesmo período de janeiro a julho, no qual o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas. Os cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. No caso específico, o volume, que foi o segundo maior exportado no período, nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de café vendido ao exterior.
Fonte: AGROLINK – Eliza Maliszewski