As vendas de produtos agroquímicos chamados “genéricos” (ou equivalentes) totalizaram 283,05 mil toneladas no Brasil no ano passado. É o que apontam dados do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) divulgados na semana passada pela Aenda (Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos).
O resultado é mais que o triplo do volume comercializado de “especialidades” (marcas comerciais), que em 2016 somaram 94,12 mil toneladas no País. “Os números de 2016 não deixam dúvidas sobre a penetração dos produtos genéricos no mercado brasileiro, segundo dados do Sindiveg”, afirma o engenheiro agrônomo Tulio Teixeira de Oliveira, que é diretor executivo da Aenda.
Já em termos de receita, as especialidades mantém superioridade de 47,66% sobre os produtos genéricos. Enquanto as marcas comerciais faturaram US$ 5,70 bilhões no ano passado, os genéricos totalizaram US$ 3,86 bilhões.
“Nos anos 90 a Aenda teve um expressivo realce no setor agrícola como resultado do seu esforço técnico e político para implantar no Brasil o regime de registro por equivalência para os Defensivos no Brasil. Foram inúmeras palestra em Universidades e Centros de Pesquisas para despertar o interesse pelo assunto e que motivou o desenvolvimento da tecnologia laboratorial para realização dos testes toxicológicos no país. O empenho foi coroado de êxito com a edição do Decreto 4074 no início de 2002”, afirma Tulio Teixeira de Oliveira.
“Contudo, as grandes empresas deste segmento apostam suas fichas no desenvolvimento de novas moléculas e a profusão de produtos genéricos excita a concorrência e abaixa os preços em geral, prejudicando a lucratividade dos novos produtos. E, como é sabido, o mercado brasileiro é um dos maiores do mundo, senão o maior. O certo é que situações continuaram a surgir pós episódio da implantação do registro por equivalência”, conclui.
Fonte: Agrolink
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