Os parasitas são um problema recorrente na pecuária e podem provocar grandes estragos
Os parasitas são um problema recorrente na pecuária e podem provocar grandes estragos, interferindo especialmente no período reprodutivo nas fazendas brasileiras. Esses bichinhos, que atingem tanto o gado de corte quanto o gado leiteiro, são capazes de causar uma acentuada redução na rentabilidade dessas atividades. O cenário fica ainda mais preocupante porque a infestação por carrapatos nos rebanhos é frequente, mas constantemente negligenciada por muitos produtores.
Dentre as infestações mais recorrentes no gado, podemos mencionar o carrapato-de-boi, conhecido cientificamente como Rhipicephalus (Boophilus) microplus. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, a pecuária brasileira perde, aproximadamente, US$ 3 bilhões anualmente por conta desse parasita, o que o torna um dos piores inimigos dos rebanhos.
Segundo estudos realizados pelo Ministério da Agricultura (Mapa), o carrapato-de-boi está presente nas fazendas durante todos os meses do ano; em 66% dos mais de 2 mil munícipios investigados, o carrapato foi mais frequente que o berne e a bicheira, em mais de 61% das vezes. Por essa razão, é preciso que os pecuaristas não se limitem aos manejos esporádicos, preocupando-se com o combate dessa essa praga somente nos momentos de alta infestação.
“Em fazendas infestadas por carrapatos, são registradas perdas de mais de 90,2 quilos de leite em uma única vaca em período de lactação. Já na pecuária de corte, a perda média é de 1,18 grama por dia em um animal. Imagine o impacto disso ao final da produção”, exemplifica o médico-veterinário e gerente-técnico da MSD Saúde Animal, Daniel Rodrigues. “Soma-se às perdas de produção o desgaste ao qual o animal é submetido, pois além de sentir grande desconforto, os mecanismos de defesa de seu organismo se voltam para a tentativa de eliminação desses parasitas”, completa.
Portanto, para que seja realizado um controle efetivo dos carrapatos nas propriedades, Daniel reforça que é preciso promover a utilização do protocolo mais adequado à realidade da propriedade, levando em consideração também os fatores climáticos que favorecem a epidemiologia do parasita.
Entre as recomendações para controle do carrapato, há tratamentos por meio da aplicação de produtos por pulverização ou imersão, aplicação pour on e produtos injetáveis. Mas o médico-veterinário ressalta que o mais importante, seja qual for o método escolhido, é que o produtor entenda que esse é um momento delicado para o bem-estar animal e que a época do ano tem papel fundamental na escolha do tratamento.
“Hoje, o mercado dispõe de controle estratégico do carrapato-de-boi. Para conter essa praga, recomendamos que a aplicação do carrapaticida e a pulverização sejam realizadas no sentido contrário dos pelos, com pressão suficiente para molhar a pele, não somente os pelos. Além disso, o banho deve cobrir homogeneamente toda a superfície do corpo dos animais”, explica. Quando as aplicações são feitas em fêmeas adultas, a recomendação é que elas aconteçam logo após o pico de lactação da fêmea – no dia de secagem – para que a próxima lactação não seja afetada.
No Brasil, com chancela do Ministério da Agricultura, o produtor pode tratar os animais com diferentes produtos da MSD Saúde Animal dentre eles, Tick Gard, Potenty, Bovguard, Solutick, entre outros produtos da linha de antiparasitários. Tecnologias de alta performance com dupla ação no controle do carrapato.
“Além dos medicamentos, hoje a companhia dispõe de uma plataforma de serviço denominada de Programa EndoEcto, que contempla uma seria de ferramentas, como a análise e a avalição a campo da intensidade de carrapatos sempre buscando trazer ao pecuarista a melhor opção em controles estratégicos”, destaca Rodrigues. “É necessário observar que o problema deve ser enfrentado de forma consciente e organizada. O uso de medidas inadequadas geralmente agrava a situação, promovendo aumento dos prejuízos econômicos”, alerta.
COMPARTILHE TAMBÉM