Os cem municípios com maior atividade agropecuária correspondem a 7,2% de toda a geração de riquezas do Brasil e por 27,5% do Valor Bruto da Produção na agricultura. A conclusão é de um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi realizado com base no valor nominal do PIB de 2016. Quando isolados os 100 maiores produtores agrícolas, o crescimento médio foi de 9,81%, entre 2014 e 2016.
O levantamento também revelou que 82% dos municípios classificados como os maiores produtores do agro, tiveram crescimento nominal superior à taxa anual do PIB do país, que foi de 4,4 % no período.
Segundo o coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, o estudo combina as informações do PIB Municipal de mais de 5 mil municípios com as da Produção Agrícola Municipal (PAM), referentes às lavouras permanentes e temporárias em 2017.
“Trabalho semelhante a este, foi feito em 2016, quando verificou-se que as regiões produtoras agrícolas cresceram entre 2010 e 2013, o dobro da média do país”, lembra Gasques.
“Em diversos municípios do Nordeste, o valor da produção agropecuária teve acentuada redução em 2017. Isso ocorreu muito fortemente entre os que integram a região chamada Matopiba, considerada importante área de expansão da fronteira agrícola”, disse Gasques.
“Nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão, muito afetados pelas secas ocorridas nos últimos anos, a redução de safras foi muito forte ocasionando redução do valor da produção”, afirmou.
De acordo com o IBGE, o maior crescimento no PIB Agropecuário no período de 2014 a 2016, entre os cem maiores municípios, foi registrado em Guaíra (SP): 51,98%. Em segundo lugar vem a paulista Miguelópolis, com expansão de 36,76% na Agropecuária no período.
O ranking dos dez maiores, conforme o cálculo do Ministério da Agricultura, ainda tem Nova Ubiratã (MT): +36,7%; São Félix do Araguaia (MT): +32,26%; Portel (PA): 25,7%; Nova Alvorada do Sul (MS): +25,61%; Porto dos Gaúchos (MT): +23,63%; Sapezal (MT): +22,84%; Rio Brilhante (MS): +22,18%; e Vera (MT): +20,86%.
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