Notícias de grandes importações de milho podem aparecer nos próximos dias e puxar cotações para baixo. Analista da Germinar Corretora destaca ainda que volume final das exportações brasileiras e clima para safras de verão e safrinha também podem mexer com o mercado
As cotações do milho estão em alta no Brasil tanto no mercado físico quanto no futuro na Bolsa Brasileira. Na última terça-feira, o Indicador Cepea fechou o dia valendo R$ 73,33 e a B3 opera com o contrato janeiro/21 à R$ 83,35 às 11 horas.
Para o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, essas cotações podem subir ainda mais, com a B3 puxando o mercado físico, mas existe um limite para as altas e ele está atrelado à paridade de importação, que nos cálculos dele, já está próxima.
Na visão de Rafael, o milho importado dos Estados Unidos hoje, já sem a TEC de importação, chegaria aos portos brasileiros na faixa dos R$ 76,00 e às indústrias, já com o frete, por volta de R$ 82,00. Sendo assim, devemos ter registro de grandes importações do cereal norte-americano nos próximos 30 dias, o que atuaria para frear as cotações no Brasil.
O analista destaca que não há falta de milho no país, mas o vendedor que está capitalizado e acompanha a alta de preços e o clima para as próximas safras opta por não vender. Neste caso, o atual patamar de preços pode ser interessante para novas comercializações.
Outro fator que pode mexer com o mercado é o volume das exportações. Até o momento, o Brasil já embarcou 23,072 milhões de toneladas pelos dados da Secex diante da projeção de 34,5 milhões para o ciclo todo.
Caso a exportação fique abaixo da projeção os preços internos podem ficar mais baixos com a sobra de volume no mercado. Já caso fique na meta ou supere, os preços podem voltar a subir com a diminuição dos estoques de passagem.
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