A tecnologia é aliada do desenvolvimento em muitas áreas e na agricultura não é diferente. Um mapeamento realizado pela consultoria KPMG, em parceria com a Distrito, mostrou que já existem pelo menos 135 empresas de tecnologia voltadas exclusivamente para o agronegócio, de um total de cerca de 7 mil startups em todo o Brasil. Isso comprova que a busca por inovação é uma tendência e, também, uma necessidade.
Considerada uma atividade primordial na produção agrícola, a aplicação aérea de defensivos pode ser beneficiada com essa aproximação. Isso porque ela pode ser ainda mais eficaz se for aliada a uma gestão inteligente, que permita visualizar, com precisão, qual foi a qualidade e o rendimento da aplicação.
Foi pensando em tornar essa atividade mais assertiva que os primos Josué e Kriss Corso, idealizaram a startup Perfect Flight, que tem como objetivo oferecer dados para qualificar as aplicações realizadas.
Como produtores de algodão e utilizadores massivos da pulverização aérea, os empreendedores sabem que a má aplicação dos defensivos pode acarretar prejuízos ao produtor e às regiões vizinhas, caso o produto seja aplicado em áreas de proteção ambiental, como mananciais ou áreas habitadas.
Para evitar esses problemas, os dois criaram um sistema computacional em nuvem, que é capaz de ler os dados gravados nos arquivos de LOG (uma espécie de arquivo de voo, que contém dados aéreos e da aplicação) das aeronaves e criar um relatório com um mapa visual da aplicação e dados que permitem analisar a qualidade da ação. O sistema também oferece um relatório ambiental, que mostra os parâmetros de segurança de áreas restritas.
De acordo com responsável pelo desenvolvimento inicial do sistema na startup, Rodrigo Santa Maria, o uso contínuo das funcionalidades do sistema e o acompanhamento regular da qualidade da aplicação aérea garantem expressivos resultados no aumento da produção e na qualidade das safras.
Um dos casos de sucesso da Perfect Flight é uma usina de cana-de-açúcar do estado de São Paulo que adotou a utilização do sistema na safra 2016/2017 e 2017/2018. No período, 78.523 hectares plantados receberam 369 aplicações via pulverização aérea. A ferramenta permitiu uma melhora de 13.46% no Índice de acerto das aplicações, 6.99% no Índice de Perdas, 8.26% no Índice de Falhas e 8.46% no Índice de Uniformidade das aplicações.
Para Rodrigo, os números demonstram o impacto da tecnologia tanto na economia de produtos químicos, que deixaram de ser desperdiçados com perdas e falhas, quanto no aumento da produtividade e, consequentemente, na rentabilidade da empresa.
Em paralelo com a demanda cada vez mais emergente por segurança no uso de defensivos no campo, a BRA Agroquímica oferece uma linha de produtos biológicos, que evitam a degradação do ambiente e respeitam o equilíbrio da natureza ao sustentar vários ecossistemas como os animais, insetos e plantas.
Além disso, a empresa também trabalha com fungicidas, herbicidas, inseticidas e com produtos de nutrição vegetal. Os fungicidas atuam no controle químico de doenças de plantas, destruindo ou inibindo a ação dos fungos patogênicos.
Já os herbicidas auxiliam no controle químico, inibindo e matando plantas daninhas, o que previne a interferência no desenvolvimento das culturas, já que competem por água, luz, CO² e nutrientes.
Os inseticidas da BRA Agroquímica eliminam insetos indesejáveis e garantem a produtividade e qualidade agrícola, assim com os defensivos de nutrição vegetal.
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