Três grandes fatores definem as projeções para a oleaginosa: CONFIRA

“Vai faltar soja no mundo e há uma demanda reprimida – portanto, plante tudo o que puder”, recomenda a T&F Consultoria Agroeconômica. “Por que dizemos para plantar toda a soja que for possível para a próxima temporada? Porque vai faltar soja no mundo. A tensão EUA-China atrasou a produção mundial e a demanda da China em dois anos, como mostram os gráficos. Há, portanto, uma grande demanda reprimida que continuará nos próximos dois anos, pelo menos, para ser normalizada”, aponta a T&F.

“As indústrias chinesas permaneceram ativas no mercado brasileiro de soja para 2021, apesar dos prêmios mais elevados, dado o recente aumento da demanda”, aponta a equipe de analistas da Consultoria. Os especialistas elencam três grandes fatores que justificam suas projeções:

a) A taxa média de crescimento da produção mundial, que caiu 6,49% em 2019 sobre o ano anterior, deverá ser de apenas 0,55% acima de 2018 em 2020;

b) A taxa média de crescimento de uso (esmagamento) de soja na China, que tinha crescido apenas 4,12% em 2019, um aumento de 3,5 MT em relação ao ano anterior, deverá aumentar para 5,65%, passando de 88,5 MT para 93,5 MT em 2020 aumento de 5,0 MT em relação a 2019 e 10 MT em relação a 2018;

c) Já no dia 17 de Julho deste ano projetamos um aumento dos custos de produção neste 2020 para algo ao redor de R$ 72,00, contra R$ 67,94/saca da atual temporada e projetamos um preço médio de R$ 95,00 (está R$ 100,00 no PR, ao redor de R$ 95,00 no RS, para o agricultor). Com isto, chegamos a um lucro nada desprezível de 31,94% para a próxima safra para a soja.

E O DÓLAR?

De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, a volatilidade da moeda norte-americana foi controlada nos últimos dias, e o Dólar fechou a última semana do mês de Julho praticamente estável frente a semana anterior. “Espera-se menos volatilidade adiante. O Covid-19 segue no radar dos investidores globais, com número de infecções renovando recordes diários nos EUA. Destaque para a queda de 32% no PIB americano no 2º trimestre. No Brasil, cenário é de mais otimismo, o que deve manter suporte baixista ao dólar no curto prazo”, concluem os analistas.

Por: AGROLINK – Leonardo Gottems